Obrigada mãe! Chegou o dia de agradecer!

Por Claudia Puntel

Mãe nunca é perfeita, mas raramente não tenta fazer o melhor que sabe, ou que pode. Muitas vezes nos revoltamos contra elas, exigimos e acusamos como se todos os nossos defeitos tivessem vindo das faltas dessa mulher, tão humana quanto qualquer outro humano. Humanos erram e tem defeitos, não admitimos que nossa mãe tenha defeitos ou dificuldades, mas acredite, ela tem!

Eu sempre digo para meus clientes que a regra número ZERO para uma pessoa bem resolvida é aceitar que não mudamos pai e mãe. A regra número UM é que não mudamos o outro. Basta pensar na quantidade de energia e trabalho que é quando tentamos mudar a nós mesmos.  Já é difícil quando queremos e buscamos, agora imagina tentar mudar outra pessoa.  Imagine ainda se essa outra pessoa for a nossa mãe!

Baseada nessa premissa, busco trabalhar o perdão a gratidão e as capacidades de cada um para sair do lugar de filho e ir em busca de sua caminhada como adulto. Buscar o perdão é parar de gastar energia apontando o que não deu certo e deixar de olhar para trás e caminhar para frente.

No Dia das Mães é um bom dia para agradecermos a coisa mais preciosa que temos, e que foi através do corpo dela que ganhamos a nossa vida. Existem pessoas que não agradecem essa preciosidade que é viver, às vezes porque estão doentes, deprimidos, ou muito feridos, mas eu aposto no poder  do perdão e do agradecimento para transformar isso tudo.

Não temos que nos sentir em culpa nem em dívida por termos sido gerados. Nossa mãe escolheu ser mãe, mas nem por isso podemos deixar de sermos gratos por esse presente.

Feito isso agora podemos ter mais força para esse passo casamento. Mas como lidar com os palpites da mãe sem abrir mão do casamento dos seus sonhos? Com alguns cuidados, isso é possível.

Lembre-se que se este é um momento de grande ansiedade para você, também é para sua mãe. Afinal, a menina dela cresceu e logo vai formar a própria família. Além da consciência de que está envelhecendo, há também a chamada da “síndrome do ninho vazio”, que ocorre quando os filhos começam a sair de casa. Entender como este processo funciona para o outro lado é o primeiro passo para evitar conflitos.

Em segundo lugar, vale inclui-la nos preparativos, deixando que participe da organização. Atribua alguma função a ela, como procurar determinados serviços ou solicitar orçamentos. Isso vai fazer com que sua mãe se sinta incluída e contribuindo para o seu grande dia.

Ouça com atenção as sugestões que ela dá – afinal, é uma pessoa mais experiente -, mas também saiba impor limites. Se algo não lhe interessar, simplesmente recuse de forma suave, e ao mesmo tempo, direta.

Depois da cerimônia e da festa, é preciso entender que você está saindo da casa dela e montando a sua própria, seja a casa existencial ou a real.

Agora você está livre para cometer os seus erros e responsabilizar somente a você por eles, está livre para arrumar a geladeira do jeito que bem entende.  Se o queijo vai ficar no mesmo pote que o presunto agora é decisão sua. Agora é possível organizar suas contas e a casa como você quer.

E a cada dia entender mais ainda como é difícil dar conta de alguém além de nós . E como um ciclo do bem, perdoar mais e agradecer mais e ser mais feliz.

Em especial agradeço a minha mãe que me deu a vida e através da minha existência tento tocar cada coração que eu alcanço e transformar um pouco as dores em conhecimento para uma vida melhor. Maravilhoso saber que  um dos motivos pelos quais posso hoje ajudar  a todos que me procuram  foi  ter sido recebida e  gerada por ela.

P.S: Aqui, cabe um lembrete! O que vale para sua mãe também vale para sua sogra. Peça ao seu noivo que converse com ela e também imponha seus limites. E seja justa! Por mais que você tenda a ter mais paciência com sua mãe do que com a sogra, lembre-se que ela também desempenha um papel importante na vida de seu futuro marido.